segunda-feira, 17 de maio de 2010

A problemática da guerra

Um ensaio breve por Renata Henriques

A problemática da guerra, é por si, a coisa em si. Não seu entorno, as conseqüências e componentes. A problemática da guerra é a causa, a origem, a coisa em si propriamente intacta. A guerra é movida não por fatores externos ou internos de sua aparência, a guerra é movida por sua necessidade. Isto é; existe guerra ainda que não haja gente para guerrear, existe guerra ainda que não haja cenário. A guerra é uma força motivadora e destruidora de si própria, um mecanismo destruidor e criador do próprio estímulo.
Pequena ou larga escala, macro ou micro sistema, a guerra uma vez ocasionada tende a perder controle. Mas de que controle estamos falando? Este controle vem de uma noção que sustenta-se na racionalidade. Pois então, a guerra foge a razão humana. Portanto, a busca de sua origem e o cessar de seu comparecimento é tão complexo. Deve-se, meio a toda vulnerabilidade do ser -diante a força que a guerra exerce sobre corpo e mente humanas- ir a origem, ir à ela.
O homem, ainda que contrário à guerra, deve 'guerrear' com suas faculdades racionais para enfim, encontrá-la. Daí surge à problemática da guerra: ela se firma num sistema cíclico, fechado, que prende a si quem pretenda com ela. É a guerra tal como um grande redemoinho, formado meio ao mar, que suga e mantêm girando por ele todas as coisas que de certa forma, se dispuseram à sua atração.

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