ouvir chopin
me deixa tão ...
e isso não vale tanto assim
terça-feira, 29 de setembro de 2009
78
eu levantaria da cama, e em plena madrugada
diria que meu sono não quer me deixar dormir
mesmo que meu estômago tente negar como se
embrulha só de voltar no início de tudo e viver,
em sonho, todo o resto, pedaço e parte que vivi
diria que meu sono não quer me deixar dormir
mesmo que meu estômago tente negar como se
embrulha só de voltar no início de tudo e viver,
em sonho, todo o resto, pedaço e parte que vivi
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
75
After a short time, in night, Natalie, sitting on
your knees, with a beautifull shadow on her face
(that's darkness coming to they), said to him:
"Yes, I know that you can see in my eyes that
I don't have time for excuses...
And no, I will never say hello to you again..."
your knees, with a beautifull shadow on her face
(that's darkness coming to they), said to him:
"Yes, I know that you can see in my eyes that
I don't have time for excuses...
And no, I will never say hello to you again..."
74
I forgive you; My love
'cause I know how Im
possible is be like you
really are inside; Poor
girl, I forgive you now
'cause I know how Im
possible is be like you
really are inside; Poor
girl, I forgive you now
fracional narrativo #1 (do certo)
"...e o conjunto daquelas certezas só podia ser um sinal do final..."
73
[in our fairytale
I see death and
love, in me I see
nothing but this]
Sleep; Princess! Before the world burn you heart...
I see death and
love, in me I see
nothing but this]
Sleep; Princess! Before the world burn you heart...
71
bipolar, essência, ímpar, par, sem coerência
parte da decência, lá
e um eterno aqui,
e fato, e ato e nada
além de dois, e em
um, em nada, e em
mim, e parte de vc
eu abro mão agora
e derrete e volta, e
não voltará mais, é
perto e eu perco de
nós; e é preciso, no
fim, revoltar à mim
parte da decência, lá
e um eterno aqui,
e fato, e ato e nada
além de dois, e em
um, em nada, e em
mim, e parte de vc
eu abro mão agora
e derrete e volta, e
não voltará mais, é
perto e eu perco de
nós; e é preciso, no
fim, revoltar à mim
70
Your infinite seduction,
I'm telling you ...
will never forgive yourself
will never forgive yourself
I'm telling you ...
will never forgive yourself
will never forgive yourself
69
I still the same girl
without anything in my head
but I try, lieing to me, I still trying
I'm that girl, but without me
so don't trust me
please, hold me
without anything in my head
but I try, lieing to me, I still trying
I'm that girl, but without me
so don't trust me
please, hold me
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
68
por favor não dê errado
por favor não dê errado
por favor não dê errado
por favor não dê errado
mas também não precisa dar tudo certo
por favor não dê errado
por favor não dê errado
por favor não dê errado
mas também não precisa dar tudo certo
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
67 - Gia Carangi
Quem me dera crescer e, é...
dizer que usei heroína pra
fazer minha fama comigo,
na cama, mas sem drama,
dama, calma e pacífica, do
ente o estrago, da parte, o
inteiro, mas sem querer e
se já não fosse errada, certo e
tanto fazia; Gia; prazer, Gia...
dizer que usei heroína pra
fazer minha fama comigo,
na cama, mas sem drama,
dama, calma e pacífica, do
ente o estrago, da parte, o
inteiro, mas sem querer e
se já não fosse errada, certo e
tanto fazia; Gia; prazer, Gia...
terça-feira, 22 de setembro de 2009
66
eu não gosto mais de como
escrevo o que transcrevo
é muito mais falso e certo
que ler o intranscrevível
escrevo o que transcrevo
é muito mais falso e certo
que ler o intranscrevível
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
65
se não houvesse a proposta da morte
eu ainda assim existiria,
mas não em vida;
quero mais é viver pra morrer no final,
quero mais é morrer pra viver no final.
eu ainda assim existiria,
mas não em vida;
quero mais é viver pra morrer no final,
quero mais é morrer pra viver no final.
domingo, 20 de setembro de 2009
64
do instante em questão
sofri sentindo a parte
do pedaço recortado
do meu livro de
memórias...
e ainda, por mais que não
houvesse mais imagem pra
reviver, eu vi, ainda ali, tudo
àquilo que eu queria, ainda que
não fizesse sentido nenhum à quem
me reprimia; eu vi, ali, no instante quarto
do meu sonho, que voltara às imagens em fração,
e que eu podia me arrepiar naquela mesma sensação;
no meu quarto, alado ao seu, cantado, repicotado,
do recorte do passado, que eu ainda presencio;
e por mais que a dor venha, eu prefiro que
eu não me atenha à sentir verdadeiro
e de novo, algum arrepio.
sofri sentindo a parte
do pedaço recortado
do meu livro de
memórias...
e ainda, por mais que não
houvesse mais imagem pra
reviver, eu vi, ainda ali, tudo
àquilo que eu queria, ainda que
não fizesse sentido nenhum à quem
me reprimia; eu vi, ali, no instante quarto
do meu sonho, que voltara às imagens em fração,
e que eu podia me arrepiar naquela mesma sensação;
no meu quarto, alado ao seu, cantado, repicotado,
do recorte do passado, que eu ainda presencio;
e por mais que a dor venha, eu prefiro que
eu não me atenha à sentir verdadeiro
e de novo, algum arrepio.
63
sou eu e não sou direito
sou eu e não há defeito
e fragmentado, eu, sou
eu e não estou desfeito
sou eu e não sou além
sou eu e estou alguém
calado, descontraído e
costurado; fracionado,
sou eu e não sou direito
eu, sou eu e não estou
sou eu e não há defeito
e fragmentado, eu, sou
eu e não estou desfeito
sou eu e não sou além
sou eu e estou alguém
calado, descontraído e
costurado; fracionado,
sou eu e não sou direito
eu, sou eu e não estou
sábado, 19 de setembro de 2009
62
"eu tenho um coração
e você também tem
algum outro coração
que poderia ser seu
caso meu coração já
não fosse mais nosso"
- as memórias maternais ainda me deveriam porquês.
- a as memórias infantis eu ainda preciso (me) explicar.
e você também tem
algum outro coração
que poderia ser seu
caso meu coração já
não fosse mais nosso"
- as memórias maternais ainda me deveriam porquês.
- a as memórias infantis eu ainda preciso (me) explicar.
61
ando inércia
de pé e mão
e minhas palavras não saem dos dedos
e minhas perguntas não saem de casa
e meus sentidos não sentem mais nada
ando inércia
teto e chão
de pé e mão
e minhas palavras não saem dos dedos
e minhas perguntas não saem de casa
e meus sentidos não sentem mais nada
ando inércia
teto e chão
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
para quem acha que sobrou da dor
o tempo todo, e sobrou o melhor de você.
o mais forte que você teve que ser, o mais
fraco que você pôde aturar, o mais intenso
e raso que você pôde sentir... desse tempo
e sobrou tudo de melhor, você. essa eterna
parte que mais te convinha, o segundo que
nada mais era seu... e ainda assim, sobrou
o que há de melhor em você. como prova
do tempo, e da dor, o tempo mostrou o que
você poderia ser: o melhor de você, você.
Manoela, sempre Manoela...
o mais forte que você teve que ser, o mais
fraco que você pôde aturar, o mais intenso
e raso que você pôde sentir... desse tempo
e sobrou tudo de melhor, você. essa eterna
parte que mais te convinha, o segundo que
nada mais era seu... e ainda assim, sobrou
o que há de melhor em você. como prova
do tempo, e da dor, o tempo mostrou o que
você poderia ser: o melhor de você, você.
Manoela, sempre Manoela...
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
56
Obrigada por cantar meus sonhos.
Na verdade, obrigada por cantar o
que eu sinto agora. Não necessário
à mente é o que eu vivo, mas o que
eu posso sonhar. E mesmo que não
seja você, ou o todo, o que pode ser
me satisfaz. Obrigada por cantar o
que eu preciso ouvir, o que quero
agora. Obrigada por fazer o fraco o
que não, nem a todo tempo precisa
ser forte. Faz bem a minha sanidade.
Na verdade, obrigada por cantar o
que eu sinto agora. Não necessário
à mente é o que eu vivo, mas o que
eu posso sonhar. E mesmo que não
seja você, ou o todo, o que pode ser
me satisfaz. Obrigada por cantar o
que eu preciso ouvir, o que quero
agora. Obrigada por fazer o fraco o
que não, nem a todo tempo precisa
ser forte. Faz bem a minha sanidade.
55
cante ao pé do meu ouvido uma canção de ninar...
cante e me encanta, canta e me despeça!
não faço questão de ser além de uma
canção de amor, não quero ir além
de um sonho, não quero ir além
do seu sono; durma, e durma
até amanhacer na cama,
sem mim, amanheça,
amanheça e me
dispa, inteira!
cante e me encanta, canta e me despeça!
não faço questão de ser além de uma
canção de amor, não quero ir além
de um sonho, não quero ir além
do seu sono; durma, e durma
até amanhacer na cama,
sem mim, amanheça,
amanheça e me
dispa, inteira!
54
sinto medo de usar meus pensamentos
porque eu sei que você lê, eu sei que vê
e é tudo tão incompleto e íntimo, que se
você for igual à mim, eu temo ser você eu
porque eu sei que você lê, eu sei que vê
e é tudo tão incompleto e íntimo, que se
você for igual à mim, eu temo ser você eu
terça-feira, 15 de setembro de 2009
53
revirei meus olhos num espasmo, saciada
ainda que de nada, ou fosse de comida,
com as mãos sobre a roupa, esticada,
na cama, esperando, olhando-me
como sob o espelho de teto, prá
parede, de olhos velados...
um lembrete de parede:
do que restara, nada
eu sentia, nada
além do
sonho...
era eu estrangulada.
ainda que de nada, ou fosse de comida,
com as mãos sobre a roupa, esticada,
na cama, esperando, olhando-me
como sob o espelho de teto, prá
parede, de olhos velados...
um lembrete de parede:
do que restara, nada
eu sentia, nada
além do
sonho...
era eu estrangulada.
À partedesfeita
da parte desfeita você fez um estrondo
se valesse mesmo saber unir palavras ou cor
ninguém que foi seria exatamente o quanto foi-se
pára para reparar que a verdadeira força que algo é
não se mede dentro do talento que você quer, pra si;
e nada vem do genial, nada vem da criação, sou mera
cópia, e você também, e você também, e você também
e sabe, copiando, certamente, sua parte fica inteira,
e você, sim, já percebeu, que é isso, exatamente
o todo, que você não quer, você não quer, você
quer o partido, o desfavorável, o erro
e eu, e eu também, e eu também
quero isso pra nós
se valesse mesmo saber unir palavras ou cor
ninguém que foi seria exatamente o quanto foi-se
pára para reparar que a verdadeira força que algo é
não se mede dentro do talento que você quer, pra si;
e nada vem do genial, nada vem da criação, sou mera
cópia, e você também, e você também, e você também
e sabe, copiando, certamente, sua parte fica inteira,
e você, sim, já percebeu, que é isso, exatamente
o todo, que você não quer, você não quer, você
quer o partido, o desfavorável, o erro
e eu, e eu também, e eu também
quero isso pra nós
51
enumerá-los é convencer-me
de que não fazem diferença
nenhuma; alinhados, conse-
quentes; sinto-me aliviar do
preferir, pensar que são ape
nas mentira, apenas palavra
enumerá-los é convencer-nos
de que não fazem diferença
nenhuma; alinhados, conse-
quentes; sinto-me aliviar do
preferir, pensar que são ape
nas mentira, apenas palavra
enumerá-los é convencer-nos
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
50
eu não consigo armazenar essas coisas dentro de mim
é coisa demais, é coisa de menos, é coisa sem coisa
nenhuma, não tem sentido, não tem serviço, não tem
nenhum momento, eu preciso de um tempo pra saber
armazenar essas coisas dentro de mim, são mil e uma
palavras, são mil e uma conclusões, são mim e umas
pessoas, sou eu e nada de você, é você e nada de mim
é coisa demais, é coisa de menos, é coisa sem coisa
nenhuma, não tem sentido, não tem serviço, não tem
nenhum momento, eu preciso de um tempo pra saber
armazenar essas coisas dentro de mim, são mil e uma
palavras, são mil e uma conclusões, são mim e umas
pessoas, sou eu e nada de você, é você e nada de mim
49
eu e você somos nós
mas feito a sós, nós,
retorcidos e atados,
não somos mas, nós,
eu e você somos sós,
solitário e sós e nós
somos feito nós, sós,
agora, desamarrado,
eu e você somos feito
um nó só, mas juntos
demais para sermos
dois, somos nós, eu
e você, sozinhos e só
mas feito a sós, nós,
retorcidos e atados,
não somos mas, nós,
eu e você somos sós,
solitário e sós e nós
somos feito nós, sós,
agora, desamarrado,
eu e você somos feito
um nó só, mas juntos
demais para sermos
dois, somos nós, eu
e você, sozinhos e só
48
o que eu disse tá dito
e eternamente em conflito
o que eu fiz está desfeito
até porque, em todo destino
não se sustenta a verdade,
ou o direito, de se refazer
o refeito, refletir à respeito;
e sim, por mais que eu
caia em mim, agora já não
sei fazer, ou desfazer o infázivel,
seu infalível jeito de olhar pra
mim, exatamente assim,
ontem, hoje ou agora
está extinto de nós
e eternamente em conflito
o que eu fiz está desfeito
até porque, em todo destino
não se sustenta a verdade,
ou o direito, de se refazer
o refeito, refletir à respeito;
e sim, por mais que eu
caia em mim, agora já não
sei fazer, ou desfazer o infázivel,
seu infalível jeito de olhar pra
mim, exatamente assim,
ontem, hoje ou agora
está extinto de nós
47
sentimento só,
sentimento aqui,
solidificado em vão,
sentimento lá,
sentimento, não,
sentimento vai e volta
para cá,
sentimento que não pára
e que virá,
sentimento que virá...
sentimento que te chama,
sentimento que não perde o drama,
sentimento que está,
solidificado está,
ali, então, vira
e fica aqui.
sentimento aqui,
solidificado em vão,
sentimento lá,
sentimento, não,
sentimento vai e volta
para cá,
sentimento que não pára
e que virá,
sentimento que virá...
sentimento que te chama,
sentimento que não perde o drama,
sentimento que está,
solidificado está,
ali, então, vira
e fica aqui.
46
não, não quero subestimar seu amor
mas eu sei, o que sobrou de mim
você sente, retorne à mente
você sabe, retorne adentro
mas ainda não retorne
ainda não se encontre
que nada mais seja igual
que não sobre de nada
do que o tempo fez
e refaça, outra vez
nós dois, em dois
mas um, sós
mas eu sei, o que sobrou de mim
você sente, retorne à mente
você sabe, retorne adentro
mas ainda não retorne
ainda não se encontre
que nada mais seja igual
que não sobre de nada
do que o tempo fez
e refaça, outra vez
nós dois, em dois
mas um, sós
domingo, 13 de setembro de 2009
45
um zero
mas que nunca
exatamente nunca
seria início,
final ou meio
um zero
sem fim
finito, partido
inteiro e eterno
um zero
enfim, zerado
um zero,
espero
mas que nunca
exatamente nunca
seria início,
final ou meio
um zero
sem fim
finito, partido
inteiro e eterno
um zero
enfim, zerado
um zero,
espero
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
44
a verdade é que eu gosto da ordem das coisas...
mas não gosto do desgosto
mas não gosto do desgosto
não gosto do esgotar
não gosto de estar
gosto do gosto
mas não gosto do desgosto
mas não gosto do desgosto
não gosto do esgotar
não gosto de estar
gosto do gosto
Carta à Amedeo Modigliani
"Li sobre você.
Li mas sei que não sei nada de você.
Dizem que era você doente, genioso e solitário.
Mas a verdade é que eu não acredito em solidão.
Tampouco em geniosidade. Tampouco em você.
Eu não acredito porque eu sei que quando você
pensa, se multiplica; eu não acredito porque eu
sei, que quando você pinta, se intimida. Não só.
Mas quando pinta você se resgata pra dentro. Tanto
que lá pelas tantas pouco importava quem você olhava
pintando... Irrevogável, se mantinha o mesmo. E o mesmo
pescoço. E a mesma frustração. Eram os seres de você,
que eu acredito, nunca existiriam na vida real.
Sobre seus olhos ocos e fundentes ao fundo, eu gostei.
Gostei porque me incomoda tanto pensar que tem
você, ou eu, que pensamos iguais a nós...E você sabe:
isso é simplesmente, fantástico."
Li mas sei que não sei nada de você.
Dizem que era você doente, genioso e solitário.
Mas a verdade é que eu não acredito em solidão.
Tampouco em geniosidade. Tampouco em você.
Eu não acredito porque eu sei que quando você
pensa, se multiplica; eu não acredito porque eu
sei, que quando você pinta, se intimida. Não só.
Mas quando pinta você se resgata pra dentro. Tanto
que lá pelas tantas pouco importava quem você olhava
pintando... Irrevogável, se mantinha o mesmo. E o mesmo
pescoço. E a mesma frustração. Eram os seres de você,
que eu acredito, nunca existiriam na vida real.
Sobre seus olhos ocos e fundentes ao fundo, eu gostei.
Gostei porque me incomoda tanto pensar que tem
você, ou eu, que pensamos iguais a nós...E você sabe:
isso é simplesmente, fantástico."
43
quanta dor
ausente de
passado e presente
eu quero aqui
eu quero aqui
tudo;
mas agora eu já não sei mais
se eu vi mesmo nos rostos de Modigliani
um olhar seu,
eu não sei mais se era eu atrás da pilastra
ou na frente,
mas eu sei que estava branca feito neve,
feito vácuo, feito pó,
feito história,
foi que nada foi em vão,
foi o que nada nem nunca seria em vão
eu preciso de cigarros e mar
pra desfazer o drama
e acelerar meu sono ,
eu preciso pra retardar
meu sonho, eu preciso
pra retardar meu paladar,
minha saudade, seu olhar...
sanidade é aquilo que foi
o que restou foi o amor
o que restou foi o amor
o que restou foi o amor
ausente de
passado e presente
eu quero aqui
eu quero aqui
tudo;
mas agora eu já não sei mais
se eu vi mesmo nos rostos de Modigliani
um olhar seu,
eu não sei mais se era eu atrás da pilastra
ou na frente,
mas eu sei que estava branca feito neve,
feito vácuo, feito pó,
feito história,
foi que nada foi em vão,
foi o que nada nem nunca seria em vão
eu preciso de cigarros e mar
pra desfazer o drama
e acelerar meu sono ,
eu preciso pra retardar
meu sonho, eu preciso
pra retardar meu paladar,
minha saudade, seu olhar...
sanidade é aquilo que foi
o que restou foi o amor
o que restou foi o amor
o que restou foi o amor
42
foi como me apaixonar pela primeira vez.
sentir medo como da primeira vez,
sentir frio como na primeira vez,
sentir receio da segunda vez,
e ansiar pela terceira,
quarta, quinta-feira
que eu não sei
se vai ser você
olhando em mim
de vez, inteira e na
sua cabeceira, ao seu lado
e só sorrindo, só sorrindo, só.
sentir medo como da primeira vez,
sentir frio como na primeira vez,
sentir receio da segunda vez,
e ansiar pela terceira,
quarta, quinta-feira
que eu não sei
se vai ser você
olhando em mim
de vez, inteira e na
sua cabeceira, ao seu lado
e só sorrindo, só sorrindo, só.
41
aprendi a engolir a seco tudo que eu não gosto.
aprendi a engolir a seco tudo que eu não ligo.
aprendi a engolir a seco tudo que eu quero.
aprendi porque que eu ficasse sempre
reclamando, seria muito simples
superar. e o que não dói,
me conforta. e não
é isso que eu
quero
agora.
aprendi a engolir a seco tudo que eu não ligo.
aprendi a engolir a seco tudo que eu quero.
aprendi porque que eu ficasse sempre
reclamando, seria muito simples
superar. e o que não dói,
me conforta. e não
é isso que eu
quero
agora.
40
eu falo aqui algumas mentiras.
mas é porque eu oculto as verdades,
e tem coisa que eu não quero falar
pra você, porque repetir lendo
é falar duas vezes pra mim
o que eu não quero ouvir.
mas é porque eu oculto as verdades,
e tem coisa que eu não quero falar
pra você, porque repetir lendo
é falar duas vezes pra mim
o que eu não quero ouvir.
às palavras sem remetente (6)
(08/09/09)
"Marisa,
Você anda cantando coração. Me desculpa se essa sempre foi você, mas antes eu não tinha tempo suficiente pra apreender. Mas sei que agora você canta meu coração... E nossa, como eu gosto de ouví-la!
Sinto que por mais longíqua eu esteja dessa realização, dessa
espera recompensada, você consegue me fazer mais humana.
Cante aos Montes e à sua! Cante mais uma vez! Cante meu coração
de novo, Marisa, pra que ele não padeça ao canto da sua voz e seja de novo, solidão."
- escritos nas nuvens do som.
"Marisa,
Você anda cantando coração. Me desculpa se essa sempre foi você, mas antes eu não tinha tempo suficiente pra apreender. Mas sei que agora você canta meu coração... E nossa, como eu gosto de ouví-la!
Sinto que por mais longíqua eu esteja dessa realização, dessa
espera recompensada, você consegue me fazer mais humana.
Cante aos Montes e à sua! Cante mais uma vez! Cante meu coração
de novo, Marisa, pra que ele não padeça ao canto da sua voz e seja de novo, solidão."
- escritos nas nuvens do som.
às palavras sem remetente (5)
(09/09/09)
"Eu posso entender da sua dor. Ter que vestir a mesma batina de manhã à noite,
sendo que por dentro você anda sentindo feito carne, feito cor, feito escravidão.
E ainda assim, como se ainda não bastasse toda essa confusão do mundo, ainda
existe a incerteza, ainda existe a dúvida e o não saber. Eu sei que ninguém vai
responder, ninguém vai te responder nada. Então eu te digo logo, amigo amor:
Saí dessa e não espera por nada além disso. Sinta a dor e saia. Saia de fininho..."
- parágrafo digitado em blog.
"Eu posso entender da sua dor. Ter que vestir a mesma batina de manhã à noite,
sendo que por dentro você anda sentindo feito carne, feito cor, feito escravidão.
E ainda assim, como se ainda não bastasse toda essa confusão do mundo, ainda
existe a incerteza, ainda existe a dúvida e o não saber. Eu sei que ninguém vai
responder, ninguém vai te responder nada. Então eu te digo logo, amigo amor:
Saí dessa e não espera por nada além disso. Sinta a dor e saia. Saia de fininho..."
- parágrafo digitado em blog.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
do fractal ao inteiro
um colapso apaixonado sentido calado excitado
um colapso apaixonado sentido calado
um colapso apaixonado sentido
um colapso apaixonado
um colapso
um colapso apaixonado
um colapso apaixonado sentido
um colapso apaixonado sentido calado
um colapso apaixonado sentido calado excitado
excitado
calado excitado
sentido calado excitado
apaixonado sentido calado excitado
colapso apaixonado sentido calado excitado
um colapso apaixonado sentido calado excitado
um colapso
um culpado
(digitado à toda mão)
um colapso apaixonado sentido calado
um colapso apaixonado sentido
um colapso apaixonado
um colapso
um colapso apaixonado
um colapso apaixonado sentido
um colapso apaixonado sentido calado
um colapso apaixonado sentido calado excitado
excitado
calado excitado
sentido calado excitado
apaixonado sentido calado excitado
colapso apaixonado sentido calado excitado
um colapso apaixonado sentido calado excitado
um colapso
um culpado
(digitado à toda mão)
37
atravessei o tempo...
de modo que vice-versa e
vai e volta, de frente, farsante
e ilusão, eu virei ampulheta
do meu segredo, de modo
que nada fosse contorno
ou tornado passado,
mas que apenas fosse
fossa ou pedaço de
vice-versa e vai e volta,
de modo que fosse isso tudo
feito areia, que pode ir e vir
só se eu deixasse ela cair
dentro de um certo
tempo, contra
o vento.
de modo que vice-versa e
vai e volta, de frente, farsante
e ilusão, eu virei ampulheta
do meu segredo, de modo
que nada fosse contorno
ou tornado passado,
mas que apenas fosse
fossa ou pedaço de
vice-versa e vai e volta,
de modo que fosse isso tudo
feito areia, que pode ir e vir
só se eu deixasse ela cair
dentro de um certo
tempo, contra
o vento.
36
e aqui, com toda prepotência,
imunda de corpo e alma , digo logo:
eu só rimo solidão com coração porque
eu sei que os olhos escutam música quando me lêem;
e caso eu dissesse ou até falasse um pouco
da sinceridade sob as páginas brancas de ânsia,
(ainda assim) ninguém entenderia o quão escuro fica
meu quarto toda noite, e se realmente isso fosse verdade
- tudo esse nada em vão o que eu sinto agora -
ficaria preta minha visão, e caso fosse,
eu não teria um corpo pra relatar
alguma (outra) coisa otária
além dessa aqui.
imunda de corpo e alma , digo logo:
eu só rimo solidão com coração porque
eu sei que os olhos escutam música quando me lêem;
e caso eu dissesse ou até falasse um pouco
da sinceridade sob as páginas brancas de ânsia,
(ainda assim) ninguém entenderia o quão escuro fica
meu quarto toda noite, e se realmente isso fosse verdade
- tudo esse nada em vão o que eu sinto agora -
ficaria preta minha visão, e caso fosse,
eu não teria um corpo pra relatar
alguma (outra) coisa otária
além dessa aqui.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
35
nunca me falei que queria ser assim,
feito atenção no meio de tudo mundo;
eu sempre quis ser assim,
feito insanidade santa,
mas só comigo mesma.
feito atenção no meio de tudo mundo;
eu sempre quis ser assim,
feito insanidade santa,
mas só comigo mesma.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
34
agora eu entendo o porque da chaleira:
eu ponho água até ferver só pra ter o que fazer.
levantar da cadeira, apressar o passo e desligar
o fogo. é minha forma de ser responsável comigo.
aquelo apito podia me matar de tão cinema que é.
eu ponho água até ferver só pra ter o que fazer.
levantar da cadeira, apressar o passo e desligar
o fogo. é minha forma de ser responsável comigo.
aquelo apito podia me matar de tão cinema que é.
respostas à Beatriz: livrando-a de um mundo de dor
- "Os bebês, assim como você, nascem da barriga das mamães. Isso acontece quando as mamães e os papais se amam muito, e decidem ter um filhote. Eles fazem isso com muito amor, e por isso, os filhotes são sempre muito amados também. É assim com a mamãe Elefanta e o papai Elefante. Tá vendo aqui ? A gente vê no olhar deles que eles se amam... Consegue ver o sorriso no mamute bebê? Nem sempre os papais e as mamães têm filhos porque se amam, e isso não é muito bonito. E mamãe te ama muito. ó! Tá vendo? Essa girrafinha bebê vai ser protegida pelos pais por muito tempo... Assim como você."
Não exatamente a Opção 1
Um hippie me parou na rua, e ainda, inquieto, começou a tramar um anel do amor.
- "Esse aqui é o anel do amor"
Disse ele, ainda que seus pés inquietos trançassem o último espiral do tempo; aquele abaixo do coração. De estrutura verde, tudo parecia ter sentido, por mais que os olhos dele não me olhassem direito...
- "Ele é como seu coração, entregue-o à quem quiser, ou guarde para dentro de você mesma."
- "Ele é como meu coração, pegue-o para você, ou guarde-o para alguma ocasião oportuna."
- "Ele é como um anel: tenha cuidado ao usá-lo e em hipótese alguma, molhe-o de água."
- "Ele é como o amor: abuse intensamente dele, até que a estrutura, de tão cansada,
não possa mais sustentar tudo (ou nada) e derreta, mesmo que ao alcance das suas mãos..."
E de todas os opções do mundo, ali me ocorreram todas: Todas e nada, ao mesmo tempo, já que ouve-se exatamente a noção do que não se pode compreeender, e apreende-se exatamente o ruído que nunca nos sussuraram...
De toda compreensão, dia após dia, o anel deforma constantemente, frágil e sozinho, dentro do meu dedo, ou fora dele. Com toda indignação, minha esperança já não seria a mesma: uma vez que me disseram que anéis, amores, medos e dores, podem representar a mesma coisa pra você, ou pra mim. Ou pra ninguém...
- "Esse aqui é o anel do amor"
Disse ele, ainda que seus pés inquietos trançassem o último espiral do tempo; aquele abaixo do coração. De estrutura verde, tudo parecia ter sentido, por mais que os olhos dele não me olhassem direito...
- "Ele é como seu coração, entregue-o à quem quiser, ou guarde para dentro de você mesma."
- "Ele é como meu coração, pegue-o para você, ou guarde-o para alguma ocasião oportuna."
- "Ele é como um anel: tenha cuidado ao usá-lo e em hipótese alguma, molhe-o de água."
- "Ele é como o amor: abuse intensamente dele, até que a estrutura, de tão cansada,
não possa mais sustentar tudo (ou nada) e derreta, mesmo que ao alcance das suas mãos..."
E de todas os opções do mundo, ali me ocorreram todas: Todas e nada, ao mesmo tempo, já que ouve-se exatamente a noção do que não se pode compreeender, e apreende-se exatamente o ruído que nunca nos sussuraram...
De toda compreensão, dia após dia, o anel deforma constantemente, frágil e sozinho, dentro do meu dedo, ou fora dele. Com toda indignação, minha esperança já não seria a mesma: uma vez que me disseram que anéis, amores, medos e dores, podem representar a mesma coisa pra você, ou pra mim. Ou pra ninguém...
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
33
de cabelo índio eu sonhei você...
de sua pena plena; e
ao não voar livre, na
parte da parte que é
você mais eu junto e
perto, é mais perto e
perfeito, nessa maior
e intensa imperfeição.
de sua pena plena; e
ao não voar livre, na
parte da parte que é
você mais eu junto e
perto, é mais perto e
perfeito, nessa maior
e intensa imperfeição.
32
Nós, mulhereshomens
Somos sempre fração
Do possível, do irreversível
Do que poderia ter dado
Errado e encaixou
Do que poderia ter ficado
E estragou...
Nós homensmulheres
Somos sempre refração
De retardo à emoção
Do pequeno fragmento
Que congelou o momento
Certo e incorreto
Mas,
O que ficaria
Eterno se não
O homogêneo
Que fossemos nós
Mulheres e homens
E homens e mulheres?
Somos sempre fração
Do possível, do irreversível
Do que poderia ter dado
Errado e encaixou
Do que poderia ter ficado
E estragou...
Nós homensmulheres
Somos sempre refração
De retardo à emoção
Do pequeno fragmento
Que congelou o momento
Certo e incorreto
Mas,
O que ficaria
Eterno se não
O homogêneo
Que fossemos nós
Mulheres e homens
E homens e mulheres?
31
o sentir é tão aqui,
e eu fico, sentada,
esperando uma carta lacrada,
falando de um amor eterno e estático,
é tão coisa de momento essa sensação,
esse êxtase vibrante, esse corpo
flutuante,
que se você fosse parar,
pra sentar, pensar ou sentir,
chorar, viver ou sonhar,
você ia ver que ali,
cartas de
amor, aqui,
são por agora,
qualquer uma coisa,
ou coisa uma qualquer,
são só seus
versos a te enganar,
intensos e externamente
exercícios do mentir,
ocultar seu paladar,
do agora, do
ouvir, de
você .
e eu fico, sentada,
esperando uma carta lacrada,
falando de um amor eterno e estático,
é tão coisa de momento essa sensação,
esse êxtase vibrante, esse corpo
flutuante,
que se você fosse parar,
pra sentar, pensar ou sentir,
chorar, viver ou sonhar,
você ia ver que ali,
cartas de
amor, aqui,
são por agora,
qualquer uma coisa,
ou coisa uma qualquer,
são só seus
versos a te enganar,
intensos e externamente
exercícios do mentir,
ocultar seu paladar,
do agora, do
ouvir, de
você .
30
"E de tão gélido o meu travesseiro, até o concreto tornou-se abstrato e flúido..."
É que depois de tanto pedir um ombro pra você
eu decidi descer daqui e olhar pra frente de nós
e reparar que querendo sim, eu podia deitar a
cabeça no canto da escrivaninha e ser quem, e
exatamente alguém qual e sempre sou quando
já não estou sozinha. Poderia ter inventado as
palavras, mas quando já não enxergo a escrita
(vírgula) eu pulo as linhas da história e repicoto
o papel pautado que você escreveu que eu era
eu, exatamente sem você, chorando na parede.
"E de tão triste e drama eu decidi descer da cama e chorar no banheiro da suíte principal... "
É que depois de tanto pedir um ombro pra você
eu decidi descer daqui e olhar pra frente de nós
e reparar que querendo sim, eu podia deitar a
cabeça no canto da escrivaninha e ser quem, e
exatamente alguém qual e sempre sou quando
já não estou sozinha. Poderia ter inventado as
palavras, mas quando já não enxergo a escrita
(vírgula) eu pulo as linhas da história e repicoto
o papel pautado que você escreveu que eu era
eu, exatamente sem você, chorando na parede.
"E de tão triste e drama eu decidi descer da cama e chorar no banheiro da suíte principal... "
Assinar:
Postagens (Atom)