domingo, 19 de setembro de 2010

Man's Destruction

O homem é o único condicional pelo seu próprio mal, ele é o rei, é o dono de toda a destruição. A morte que o circunda é apenas reflexo da morte interna. Escondido atrás de sua capa estúpida e penetrável (o corpo), o homem tenta se proteger do mal que por ele é responsável. "Man's Destruction" não é a destruição que o mundo afeta no homem; é a destruição que o homem causa no mundo e dentro de si mesmo.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A fotografia revela um momento único no tempo e no espaço, um registro do que não retorna. Imagem e conceito, para mim, andam lado a lado, visto que não se produz uma verdadeira fotografia caso a comunicação entre a 'pesquisador e o objeto de estudo', 'o artista e a obra' seja vista apenas como um grande amontoado de fatores estéticos. A fotografia não existe sem o "segredo" -Diane Arbus- do que está por trás de sua aparência, ela não pode tornar-se propriamente fotografia se não estabelecer um diálogo, uma conversa, uma dúvida.
Fotografa-se para unir o que se conhece (corpo, matéria) ao que é passível de abstração. A fotografia é o laço entre o reflexo no espelho e a pergunta: Quem sou eu na verdade? Apenas um reflexo em contornos e sombras, ou algo entranhado, ainda não-descoberto, dentro de mim?
O propósito fotográfico não deve permanecer no papel, a fotografia existe na dimensão do fazer, no inesperado, do acaso.
"A fotografia não tem que ser, ela é" - Higor Camargo

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Eu não acredito no talento. Uso a palavra indiscriminadamente, da mesma forma que chamo Deus nas horas certas e erradas, ainda que ele seja pra mim, exato o que o talento é. Eu acredito nas habilidades, aquelas que os homens constroem com o hábito, constroem com o progresso e a necessidade pessoal. Necessidade essa que não necessariamente deve ser lida como 'única saída' -seja qual for-, mas como carência humana. Eu acredito naqueles que vislumbram e insistem. Eu acredito nos fortes.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

tenho que fazer algo com as minhas dores.
Todo período anterior a existência deve ser chamado inocência. Ou infância. Tanto faz.