quinta-feira, 13 de maio de 2010

imagina uma menina que entra numa loja de uma dona indiana, com um terceiro olho -imaginário- colado no meio da testa. a loja tem um cheiro -imaginário- embolorado e a dona tem um cheiro -imaginário- de riqueza. tem um baú de promoções que anuncia vestidos longos de tecidos velhos -reais- que estão quase se esfarelando. a menina prova e no provador a roupa rasga. rasga porque a menina está gorda. rasga porque a dona é perversa, maldona e mentirosa e vende barato apenas os trapos. imagina agora que a menina sai de finino da loja e não paga pelo vestido esfarelado (esse o que rasgou.). imagina agora que a menina não se sente culpada. e a dona está indignada. ou na verdade, a dona está reflexiva, ou arrependida, ou retraída pela própria falsidade. imagina que essa menina sou eu. isso pode ser real -imaginário-.

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