segunda-feira, 14 de junho de 2010

A maior delas

A morte não me fere tanto quanto a perda de um amor. De todas incertezas que temos, o mundo só nos deixa uma certeza: nascemos predestinados a morrer. A morte é então, desde o início, fim. Não há mistério em sua finitude -há mistério no que há depois-. Viver é difícil mesmo quando se interrompe o ciclo de planos, quando se reinicia o que muitas vezes não estamos preparados para recomeçar. Se a morte é encarada como certa, perder um grande amor pode ser comparado a um grande desaparecimento, onde quem procura não sabe o desfecho final. Ainda que palavras de fato determinem por onde vão agora, separados, cada lado do que já planejou ser junto, a incerteza maior da vida é não saber o que vai ser no final de tudo, o amor.

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