terça-feira, 31 de agosto de 2010
Miragem Negra

Retiro, com a ponta das unhas ruídas, o plástico colorido que cobre este arrepio, e como num rasgo, retorno em mim.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
As mesmas coincidências que assustaram outrora hoje me encataram -coincidências são essas possibilidades da vida, que por instantes ou mundos tomam-se por eternas -. Por meses venho frequentando a análise e por mais que eu só tenha as palavras para provar, sentada naquela cadeira, que vivo o que vivo; nada poderia ser mais significante para representar minha vida do que ela mesma. Nada pode ser mais significativo para representar minha vida, do que segundos que vivo, as sensações que sinto, as mãos que beijo. Por mais que eu tentasse explicar tamanho sentimento do amor em palavras incompletas, eu sinto que hoje de manhã, a caminho da faculdade, algo incrível aconteceu. Sinto tal como se uma espera terminasse. Uma prova de que as verdadeiras coisas por fim, concretizam-se afinal. Quando minha analista se deparou comigo na companhia do homem que eu amo; e viu que meus olhos se fecharam como um sonho quando fui beijar o meu amor nas mãos, nenhuma palavra dita um dia naquela cadeira teria o valor dessa eternidade vivida.
sábado, 28 de agosto de 2010
Eu momentos me flagro tentando suportar a existência. Fumo um cigarro atrás do outro porque assim pareço raciocinar melhor. Raciocinar melhor seria, utimamente, sensibilizar-me menos com as minhas questões. Olho pro sentido da vida -esse que ainda busco- e não deixo mais que lágrimas caiam dos olhos. Seria a fumaça a fuja do meu choro?
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Há dias venho evitando que isso aconteça. Sei que a escrita é parte fundamental do meu processo de cura. A análise por si, a medicina e a vontade de avançar, não podem fazer por mim o que o inconsciente revela enquanto eu obedeço. Clarice Lispector disse um dia que dizer sobre quem era de dimensão incompreensível para sua escrita, mas que sobre a vida, ela podia afirmar que vivia. Eu, sinceramente, não sinto que vivo. Os dias passam limpos e vazios por mim, episódios esquecidos dos quais eu não me lembro de mim. É, eu não estava lá. Ainda que eu me pedisse para recorrer a letras e parágrafos minha sabotagem à vida sempre foi superior: os dias passavam sem registros em uma mente que só se lembra do que escreve.
E hoje eu acordei com uma agonia intensa e grande tristeza dos sonhos que sonhei, e sabia que não queria fazer do meu dia alegria e comunhão com ninguém, senão comigo. O que mais me dói no mistério de viver não são os fatos, são as coincidências. Vejo coincidências do que me parece ser sagrado, do que me parece ser diabólico, mas de fato não sei o que elas representam. Talvez sejam apenas esbarrões. Talvez sejam apenas coisas que encontram coisas na hora e tempo exatamente iguais.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
A vida não é feita de metas a serem cumpridas. É feita para ser cumprida. Longa e leve. As metas cortam a linearidade da vida, interrompem seu fluxo. A vida deve ser mantida em sua continuidade, vivida em sua espontaneidade. Metas retardam a natureza a se aflorar no homem: o instinto natural do viver e estar vivo.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Quem sou eu?
Sempre fui muito boa em separar a bagunça nas caixinhas coloridas com fitas adesivas contendo nomes, e quando eu me pergunto “quem sou eu?” pareço visualizar um quarto bagunçado que em alguns instantes pode estar todo partilhado, dentro de caixinhas de inúmeras cores, distribuído em uma prateleira.
E aí viriam angústias, amores, encontros, desencontros, conquistas, dores, surpresas, sorrisos, medos e esperanças. Talvez alguns títulos a mais que estes, e em outro momento que eu me (des)escrevesse, possivelmente algo diferente disto tudo, mas agora me defino assim. Eu sou esse conjunto de coisas, separadamente, e quando tudo junta, vira uma complexa bagunça de mim. E aqui paro para ler o que escrevi linhas atrás e penso: Não estou fazendo uma análise psicológica do meu ser? Registrar-me emocionalmente não é pequeno? Dentre as tantas formas que posso ser, sei que sou o que acabo sendo; sou aquilo que posso construir de mim, sou o que posso dizer, quando posso dizer, como posso dizer. O que pulsa ávido de me definir hoje é a minha parte que me torna eu. Amanhã outro, e assim adiante. Por isso eu nunca sou ser fixo, sou eu em construção de mim.
Tal como uma faxina que dá-se num quarto bagunçado, eu me renovo pondo na prateleira novas caixinhas coloridas.
E aí viriam angústias, amores, encontros, desencontros, conquistas, dores, surpresas, sorrisos, medos e esperanças. Talvez alguns títulos a mais que estes, e em outro momento que eu me (des)escrevesse, possivelmente algo diferente disto tudo, mas agora me defino assim. Eu sou esse conjunto de coisas, separadamente, e quando tudo junta, vira uma complexa bagunça de mim. E aqui paro para ler o que escrevi linhas atrás e penso: Não estou fazendo uma análise psicológica do meu ser? Registrar-me emocionalmente não é pequeno? Dentre as tantas formas que posso ser, sei que sou o que acabo sendo; sou aquilo que posso construir de mim, sou o que posso dizer, quando posso dizer, como posso dizer. O que pulsa ávido de me definir hoje é a minha parte que me torna eu. Amanhã outro, e assim adiante. Por isso eu nunca sou ser fixo, sou eu em construção de mim.
Tal como uma faxina que dá-se num quarto bagunçado, eu me renovo pondo na prateleira novas caixinhas coloridas.
domingo, 8 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Esboço para um Teatro de Sombras
Mundi Ex Aqua
Por Renata Henriques
Existe um castelo, no alto de uma montanha, isolado do mundo.
Dentro do castelo, no quarto mais alto (que dá para ver toda a variedade de cores das árvores daquele lugar) vive uma menina. Uma menina só.
Dentro de seu quarto, dentro do seu mundo, ela não consegue dormir, as criaturas da noite que seus olhos e imaginação podem ver a assombram. Ela se dirige à janela do quarto, para ver a paisagem noturna. Todos dormem, a noite é calma e estrelada. Pássaros passam ...
Caí uma chuva, a princípio amena. A chuva aumenta seu ritmo. Caí mais forte, mais forte a cada minuto... O que era antes chuvisco começa agora a inundar toda a cidade. Ela não está com medo, ela se sente bem. Seu medo se vai, a chuva a acalma a alma.
Desbruçando-se na janela ela vê o que existe abaixo. O mar de águas já beira sua janela, ela vê criaturas marinhas. Tão sutis, tão encatadoras. Lá embaixo, no abissal marinho, ela encherga uma concha. Concha que emana imensa luz azul, e ela sente que precisa se entregar ao mar. Pula da janela, e caí. Mergulha rumo ao nada, ao desconhecido território dos mares... Paulatinamente seu corpo desce nas águas.
Se aproxima da concha, e há um cadeado nela. Nesse momento ela sabe: a chave que carrega no pescoço desde a infância era a única que abriria a concha...
Ela abre-a, e dentro há um menino: um pequeno menino de vestes longas.
Ele sai da concha e se aproxima dela... (nessa hora o ângulo muda: um frame preto torna a cena agora mais próxima, apenas dois rostos se encarando, se aproximando...) ( em seguida muda o frame novamente: o corte anterior ao último, agora com os dois mais próximos...)
E do nada, ela se afasta e sobe vagarosamente à superficie, olhando para baixo.
Ele, lá em baixo, retorna a concha.
Em seguida, ela retorna à sua janela, ficando na mesma posição da primeira vez que pousou seu colo na janela naquela noite.
O mar de águas vai descendo, os seres, sumindo.
A cidade volta a ser o que era antes...
Vê-se agora a passagem de tempo (noite-dia,dia-noite).
A noite, depois de 2 dias, ela chora... Suas lágrimas são tantas, tão pesadas e tão leais à sua dor que encheriam um mar como àquele, tal como em um dilúvio.
Os seres, não reaparecem... Apenas a concha iluminada de luz azul.
Ela desce, vagarosamente... Abre a concha.
Depara-se de novo com o menino, e sente que precisa dele.
Seu coração bate forte (som de coração que pulsa apaixonado). Ela arranca-o do peito e dá a ele.
Sem pensar, ele age da mesma forma. Os corações estão vazados... Há um buraco em seus colos.
Próximos, eles dão mãos e caminham em direção à concha.
Encaixam seus corações ao contrário, um no outro.
São tomados de imensa luz vermelha.
Entram na concha e vivem juntos.
Para sempre. Todo e para sempre mágico mundo das águas.
Itens desenhados:
Castelo
Montanha
Árvores
Criaturas da Noite
Estrelas
Pássaros
A menina - frente, lado, perfil grande
Chuva
Criaturas do Mar
Níveis de Água
Concha com cadeado
Cordão com chave
O menino - frente, lado, perfil grande
Lágrimas
Corações
(texto de 2009)
Por Renata Henriques
Existe um castelo, no alto de uma montanha, isolado do mundo.
Dentro do castelo, no quarto mais alto (que dá para ver toda a variedade de cores das árvores daquele lugar) vive uma menina. Uma menina só.
Dentro de seu quarto, dentro do seu mundo, ela não consegue dormir, as criaturas da noite que seus olhos e imaginação podem ver a assombram. Ela se dirige à janela do quarto, para ver a paisagem noturna. Todos dormem, a noite é calma e estrelada. Pássaros passam ...
Caí uma chuva, a princípio amena. A chuva aumenta seu ritmo. Caí mais forte, mais forte a cada minuto... O que era antes chuvisco começa agora a inundar toda a cidade. Ela não está com medo, ela se sente bem. Seu medo se vai, a chuva a acalma a alma.
Desbruçando-se na janela ela vê o que existe abaixo. O mar de águas já beira sua janela, ela vê criaturas marinhas. Tão sutis, tão encatadoras. Lá embaixo, no abissal marinho, ela encherga uma concha. Concha que emana imensa luz azul, e ela sente que precisa se entregar ao mar. Pula da janela, e caí. Mergulha rumo ao nada, ao desconhecido território dos mares... Paulatinamente seu corpo desce nas águas.
Se aproxima da concha, e há um cadeado nela. Nesse momento ela sabe: a chave que carrega no pescoço desde a infância era a única que abriria a concha...
Ela abre-a, e dentro há um menino: um pequeno menino de vestes longas.
Ele sai da concha e se aproxima dela... (nessa hora o ângulo muda: um frame preto torna a cena agora mais próxima, apenas dois rostos se encarando, se aproximando...) ( em seguida muda o frame novamente: o corte anterior ao último, agora com os dois mais próximos...)
E do nada, ela se afasta e sobe vagarosamente à superficie, olhando para baixo.
Ele, lá em baixo, retorna a concha.
Em seguida, ela retorna à sua janela, ficando na mesma posição da primeira vez que pousou seu colo na janela naquela noite.
O mar de águas vai descendo, os seres, sumindo.
A cidade volta a ser o que era antes...
Vê-se agora a passagem de tempo (noite-dia,dia-noite).
A noite, depois de 2 dias, ela chora... Suas lágrimas são tantas, tão pesadas e tão leais à sua dor que encheriam um mar como àquele, tal como em um dilúvio.
Os seres, não reaparecem... Apenas a concha iluminada de luz azul.
Ela desce, vagarosamente... Abre a concha.
Depara-se de novo com o menino, e sente que precisa dele.
Seu coração bate forte (som de coração que pulsa apaixonado). Ela arranca-o do peito e dá a ele.
Sem pensar, ele age da mesma forma. Os corações estão vazados... Há um buraco em seus colos.
Próximos, eles dão mãos e caminham em direção à concha.
Encaixam seus corações ao contrário, um no outro.
São tomados de imensa luz vermelha.
Entram na concha e vivem juntos.
Para sempre. Todo e para sempre mágico mundo das águas.
Itens desenhados:
Castelo
Montanha
Árvores
Criaturas da Noite
Estrelas
Pássaros
A menina - frente, lado, perfil grande
Chuva
Criaturas do Mar
Níveis de Água
Concha com cadeado
Cordão com chave
O menino - frente, lado, perfil grande
Lágrimas
Corações
(texto de 2009)
Sinto-me fria... calculista. Mas juro, eu sentia que naquele momento agir da pior maneira possível
era a única forma de sair dali ilesa. Eu queria mais era que ele sentisse que ia me perder,
que eu poderia (e desejaria) todos os homens do mundo, que ele ali não me cabia, não era suficiente...
Fiquei frígida novamente, apática, diante suas mãos em volta de minha cintura pedindo desesperadamente
por um abraço sincero. Mas eu não pude, eu não podia, eu era incapaz naquele momento.Seus olhos marejados
de incerteza e insegurança. Eu simplismente não podia... até que veio o movimento que matou aquele momento
e me deu um sopro de consciência: ele parte daqui sem você, nada será igual se você se despedir com um mero tchau.
Um selo, rápido e certeiro, porém, pouco eficaz. Meu estômago roncou 30 vezes consecutivas e senti um gélido frio
na boca da barriga que me roubou o ar. Pouco depois estava eu lá: que fiz, que fiz eu novamente?
Havia ele me deixado com uma frase que dizia: Você ainda vai se arrepender disso, eu echi
meu peito de medo e perdi a vontade.Perdi a vontade de tudo, vim pensativa, mas logo frente ao computador eu tenho
aquela certeza: melhor que eu sofra agora, melhor que eu me aleje, melhor que eu descubra que sou mesmo uma errante
pelo mundo afora, sem eira nem beira, sem amor ou namorado. O sofrimento de outrora calou meu coração para sempre,
eu já não posso mais me entregar verdadeiramente. Meu ponto comparativo, meu vértice afetivo ainda é Rafael,
e eu prefiro que continue a ser Rafael e ter certeza que ele não é meu, logo não posso tê-lo, querê-lo nem perdê-lo.
Dói tâo menos acostumar-se com a solidão... Dói tão menos perceber que aquilo ali não precisa ser coquistado, que
aquilo ali NUNCA vai existir (até pq, inconscientemente você não o quer), que aquilo ali nunca será perdido! Dói tão
menos não amar e ser amado. Não dói tanto assim essa apatia que me toma conta, essa certeza embassada no nada, essa
real precisão de que as coisas agora parecem no controle - o quadro muda, mas toda resposta têm solução -.
Se ele quiser terminar, eu sofro por um pouco, mas melhoro.
Se ele quiser continuar, provavelmente eu continuo a me embebedar de certezas cada vez menos concretas, mas tenho
algo ou alguém para elevar meu ego quando acordar de mal humor. E uma hora ou outra a coisa complica e dão fim à elas
- basta eu não me deixar apaixonar por nada nem ninguém -
Ao contrário, hipóteses me doem:
Se eu quiser terminar, dizer que era o fim me doeria e me faria arrepender pelo resto da vida (mesmo que eu não
sentisse nada por ele, o que não é o caso)
Se eu quiser me apaixonar, me entregar (o que é muito difícil que aconteça) as coisas tendem à piorar: medo de perder,
medo de ganhar, medo de querer, medo do futuro, medo do presente e do passado.
PREFIRO ABSTER-ME DAS ÚLTIMAS DUAS, JÁ QUE PREFIRO MORRER ARREPENDIDA À MORRER INDECISA E INSEGURA.
Não senti, sinto que você também se importava com isso.
Pense no melhor pra você, não pense em mim, por favor.
(texto de 2008)
era a única forma de sair dali ilesa. Eu queria mais era que ele sentisse que ia me perder,
que eu poderia (e desejaria) todos os homens do mundo, que ele ali não me cabia, não era suficiente...
Fiquei frígida novamente, apática, diante suas mãos em volta de minha cintura pedindo desesperadamente
por um abraço sincero. Mas eu não pude, eu não podia, eu era incapaz naquele momento.Seus olhos marejados
de incerteza e insegurança. Eu simplismente não podia... até que veio o movimento que matou aquele momento
e me deu um sopro de consciência: ele parte daqui sem você, nada será igual se você se despedir com um mero tchau.
Um selo, rápido e certeiro, porém, pouco eficaz. Meu estômago roncou 30 vezes consecutivas e senti um gélido frio
na boca da barriga que me roubou o ar. Pouco depois estava eu lá: que fiz, que fiz eu novamente?
Havia ele me deixado com uma frase que dizia: Você ainda vai se arrepender disso, eu echi
meu peito de medo e perdi a vontade.Perdi a vontade de tudo, vim pensativa, mas logo frente ao computador eu tenho
aquela certeza: melhor que eu sofra agora, melhor que eu me aleje, melhor que eu descubra que sou mesmo uma errante
pelo mundo afora, sem eira nem beira, sem amor ou namorado. O sofrimento de outrora calou meu coração para sempre,
eu já não posso mais me entregar verdadeiramente. Meu ponto comparativo, meu vértice afetivo ainda é Rafael,
e eu prefiro que continue a ser Rafael e ter certeza que ele não é meu, logo não posso tê-lo, querê-lo nem perdê-lo.
Dói tâo menos acostumar-se com a solidão... Dói tão menos perceber que aquilo ali não precisa ser coquistado, que
aquilo ali NUNCA vai existir (até pq, inconscientemente você não o quer), que aquilo ali nunca será perdido! Dói tão
menos não amar e ser amado. Não dói tanto assim essa apatia que me toma conta, essa certeza embassada no nada, essa
real precisão de que as coisas agora parecem no controle - o quadro muda, mas toda resposta têm solução -.
Se ele quiser terminar, eu sofro por um pouco, mas melhoro.
Se ele quiser continuar, provavelmente eu continuo a me embebedar de certezas cada vez menos concretas, mas tenho
algo ou alguém para elevar meu ego quando acordar de mal humor. E uma hora ou outra a coisa complica e dão fim à elas
- basta eu não me deixar apaixonar por nada nem ninguém -
Ao contrário, hipóteses me doem:
Se eu quiser terminar, dizer que era o fim me doeria e me faria arrepender pelo resto da vida (mesmo que eu não
sentisse nada por ele, o que não é o caso)
Se eu quiser me apaixonar, me entregar (o que é muito difícil que aconteça) as coisas tendem à piorar: medo de perder,
medo de ganhar, medo de querer, medo do futuro, medo do presente e do passado.
PREFIRO ABSTER-ME DAS ÚLTIMAS DUAS, JÁ QUE PREFIRO MORRER ARREPENDIDA À MORRER INDECISA E INSEGURA.
Não senti, sinto que você também se importava com isso.
Pense no melhor pra você, não pense em mim, por favor.
(texto de 2008)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)